27/11/2018 às 10:16h
Às 9h52, a moeda dos EUA caía 0,57%, cotada a R$ 3,8952. Na mínima do dia até o momento, o dólar chegou a R$ 3,8942.
Na véspera, o dólar fechou em alta de 2,51%, a R$ 3,9176, maior patamar fechamento desde 2 de outubro (R$ 3,9333). Segundo a agência Reuters, foi a maior alta percentual desde 14 de junho, o que levou o Banco Central a anunciar uma intervenção no câmbio.
O BC irá ofertar nesta terça US$ 2 bilhões em operações de venda de moeda com compromisso de recompra, os chamados leilões de linha, com o objetivo de prover liquidez ao mercado. São operações novas que se somam aos leilões de rolagem de contratos de swap cambial tradicional (equivalente à venda futura de dólares).
O Banco Central também realiza nesta sessão leilão de até 13,6 mil swaps cambiais tradicionais, equivalentes à venda futura de dólares, para rolagem do vencimento de dezembro, no total de US$ 12,217 bilhões. Se mantiver essa oferta diária e vendê-la até o final do mês, terá feito a rolagem integral.
Alta de 4,75% em 5 sessões
Somente em 5 sessões, o dólar acumulou valorização de 4,75% ante o real. Na parcial do mês, a alta é de 5,24%. No ano, o avanço é de 18,23%.
A projeção do mercado financeiro para a taxa de câmbio no fim de 2018 permanece em R$ 3,70 por dólar, segundo última pesquisa Focus do Banco Central divulgada na véspera. Para o fechamento de 2019, subiu de R$ 3,76 para R$ 3,78 por dólar.
O que explica as últimas altas
A alta do dólar tem sido influenciada por um cenário internacional mais turbulento, por um fluxo de saída de recursos em ambiente de aversão ao risco no exterior e cautela com o cenário político local.
Os investidores estão cautelosos com o encontro entre os presidentes norte-americano, Donald Trump, e chinês, Xi Jinping, no G20 no final de semana, as perspectivas de menor crescimento econômico mundial e ainda as negociações políticas locais.
Nesta terça, o cenário externo continuava adverso, depois que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, declarou esperar seguir em frente com o aumento de tarifas sobre US$ 200 bilhões em importações chinesas, o que jogou um balde de água fria sobre o otimismo vigente diante do encontro dele com o presidente da China, Xi Jinping no G20, no final da semana.
Nesta quinta-feira, o Federal Reserve (Fed, banco central dos EUA) divulga a ata de seu último encontro de política monetária. A expectativa sobre a trajetória dos juros norte-americano tem permeado os negócios, com os temores de enfraquecimento da economia global reforçando a leitura de que o Fed poderia ser mais suave nos aumentos da taxa. A previsão, por ora, é de mais cinco aumentos até o início de 2020, sendo dezembro o quarto deste ano.
Com o juro mais alto nos EUA e estável no Brasil – a pesquisa Focus desta segunda-feira trouxe perspectiva menor para a alta da Selic em 2019–, o diferencial de juros entre os países também ajuda a sustentar a trajetória de alta da moeda ante o real.
Internamente, a movimentação política do governo eleito, que trabalha para anunciar os últimos nomes de sua equipe até o final da semana, deve seguir de pano de fundo e traz alguma cautela aos agentes.
Fonte: G1
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