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23/03/2024 às 07:25h

Biomédica é presa pela segunda vez em investigação sobre morte de paciente em Divinópolis

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Nessa sexta-feira (22), a Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) prendeu preventivamente uma biomédica, de 34 anos, investigada pela morte de uma paciente, de 46, após a realização de um procedimento estético em uma clínica no centro da cidade de Divinópolis. O mandado judicial foi cumprido em um condomínio da cidade de Nova Lima, na Região Metropolitana de Belo Horizonte.

Em outubro do ano passado, a Polícia Civil indiciou a investigada por homicídio qualificado e representou pela prisão preventiva dela. O Ministério Público, após analisar o caso, também representou pela prisão preventiva e ofereceu denúncia ao Judiciário. A prisão foi decretada na tarde da última quinta-feira (21) e cumprida nessa sexta-feira (22), pela Agência de Inteligência da Delegacia Regional em Divinópolis.

Após os procedimentos de polícia judiciária, a investigada foi encaminhada ao sistema prisional.

O caso

Segundo o relato do marido da vítima, inicialmente, sua esposa foi informada de que o procedimento de lipoaspiração, que envolvia a retirada de gordura da barriga e enxerto nos glúteos, custaria R$ 18 mil. Contudo, o procedimento custou R$ 12 mil devido a uma oferta especial e encaixe rápido, sem a realização de exames ou avaliação de risco cirúrgico.

A vítima deu entrada na clínica por volta das 7 horas do dia 8 de maio de 2023. Durante a realização do procedimento estético, sofreu uma parada cardiorrespiratória. Ela foi socorrida pelo Serviço Móvel de Urgência (SAMU) e encaminhada para uma unidade de saúde, mas não resistiu e faleceu naquela noite.

Investigadores e peritos da PCMG compareceram ao local para coleta de vestígios e apreenderam dois computadores, um celular, equipamentos e embalagens de produtos utilizados nos procedimentos, além de medicamentos diluídos prontos para uso e caixas de injetáveis.

Diante das irregularidades constatadas, os policiais conduziram a biomédica e a técnica de enfermagem que auxiliou o procedimento à Delegacia Regional de Polícia Civil, onde foram autuadas em flagrante por homicídio e encaminhadas ao sistema prisional.

Ocultação de provas

Um dia após o crime, a Polícia Civil apreendeu o carro da técnica de enfermagem, em um estacionamento no centro da cidade. No interior do veículo, foi encontrado um saco preto contendo diversos medicamentos, incluindo frascos de adrenalina, anestésicos, soros utilizados para preenchimento e bicarbonato, além de compressas sujas de sangue, submetidas a análises que confirmaram se tratar do DNA da vítima.

Trabalho investigativo

Ao longo de cinco meses de investigação, a PCMG ouviu mais de 20 pessoas, arrecadou diversas provas documentais e realizou dezenas de laudos periciais que instruíram o inquérito de mais de 700 páginas.

As investigações revelaram irregularidades na clínica, incluindo a ausência de equipamentos de suporte e a ocultação intencional de materiais utilizados nos procedimentos. A medicina legal concluiu que a morte da paciente foi causada por uma série de eventos, incluindo lipoaspiração, intoxicação devido ao uso excessivo de anestésicos, hemorragia, parada cardiorrespiratória e aspiração que resultou em lesão pulmonar.

Por JC Notícias

Foto: Espacial FM


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