25/08/2025 às 10:24h
Em 2021, teve início a campanha Agosto Azul e Vermelho, uma referência às cores das veias e artérias, a fim de conscientizar as pessoas sobre a importância de cuidar da circulação do corpo e estarem atentas a doenças que afetam essas áreas primordiais para uma boa saúde. A iniciativa ocorreu durante a presidência de Bruno Naves na Sociedade Brasileira de Angiologia e de Cirurgia Vascular.
De acordo com a instituição, enfermidades como trombose, varizes, acidente vascular cerebral, linfedema, pé diabético e aneurisma da aorta abdominal estão por trás de cerca de 30% das mortes no Brasil, todas elas relacionadas à saúde vascular. Muitas dessas condições evoluem de forma silenciosa e só são descobertas em estágios mais avançados, o que torna o diagnóstico precoce a melhor defesa.Bruno alerta que o principal fator para o desenvolvimento de doenças cardiovasculares ainda é o cigarro. “O tabagismo é muito prejudicial à saúde vascular. É bom entender que as artérias levam o sangue do coração para fora e as veias trazem esse sangue de volta. Apesar de ser a mesma circulação, elas têm paredes diferentes, doenças diferentes e apresentações diferentes”, esclarece. O médico observa que algumas mudanças no estilo de vida são fundamentais para se evitar o risco de contrair as enfermidades.
“No caso das veias, quanto mais forte estiver a panturrilha, menos problemas de varizes a pessoa irá desenvolver. Não é clichê falar que a panturrilha é o nosso coração venoso periférico. Isso é real. O sangue é bombeado da panturrilha para as coxas, e, dali, ele retorna ao coração. Então o fortalecimento das pernas, e, particularmente da panturrilha, é a melhor solução para a boa saúde venosa”, explica.
Em se tratando da parte arterial, a dica é praticar caminhadas. “Se a pessoa já tem alguma deficiência, a caminhada a auxilia a criar novos vasos arteriais. Por isso é o melhor medicamento para quem tem a chamada falta de circulação”, informa. O médico salienta que, no caso das doenças venosas, os sintomas mais comuns são as varizes, “com veias dilatadas, tortuosas e insuficientes”.
Perna inchada, pele seca e eventual coceira que pode, inclusive, abrir feridas, também são indicativos para se ficar atento. “Isso é o que a gente chama de doença venosa crônica, que ficou muito em voga agora quando falaram que o Donald Trump tinha. Ou seja, poder e dinheiro não resolvem isso. O que melhora é um estilo de vida saudável e cuidado precoce com os sintomas”, orienta Bruno.
Já no caso da falta de circulação, ele conta que o sintoma mais comum é a pessoa “sentir dor ao andar, o que tende a piorar com subidas e trajetos íngremes”. “Quando a gente anda, é preciso chegar sangue e oxigênio no músculo. Se houver algum entupimento na região, a chegada do sangue ao músculo fica dificultada e a pessoa sente dor. Essa é a principal manifestação da doença arterial periférica, também chamada de falta de circulação, e que piora com o frio”, avisa o especialista, habituado a receber pessoas em seu consultório com a reclamação durante os meses de inverno.
Com Informações O TempoFoto: Espacial FM
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