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21/03/2024 às 11:08h

Filme com Paulo Miklos retrata o 'pogréssio' nas músicas de Adoniran Barbosa

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Arnesto, Iracema, Mato Grosso, Joca... Todos esses personagens – alguns fictícios e outros baseados em fatos reais – que protagonizaram os célebres sambas de Adoniran Barbosa estão reunidos em “Saudosa Maloca”, longa-metragem que estreia nesta quinta-feira (21) nos cinemas. O filme está bem longe de ser uma cinebiografia linear sobre um dos maiores compositores brasileiros, autor de “Trem das Onze” e “Tiro ao Álvaro”.

“Sim, podemos dizer que é uma crônica. Como os sambas de Adoniran, que eram crônicas. A partir de um apanhado dessas crônicas construímos uma narrativa que nos leva para um passado de quase fantasia, de fábula. Tem uma magia nela, principalmente quando falamos da São Paulo antiga”, registra Pedro Serrano, diretor e um dos roteiristas ao lado de Guilherme Quintela e Rubens Marinelli.

Ele concorda que foi uma ousadia e tanto fugir de uma proposta mais comercial, justamente em seu primeiro longa de ficção. “Crônica é um gênero muito difícil de transpor para cinema. Especialmente no cinema comercial, pensa-se numa narrativa que envolve conflito, ação dramática. No filme, há momentos que não acontece muita coisa, mas você se familiariza com o estilo de vida daqueles personagens”, explica.

Quem dá vida ao mestre do samba é o cantor e cada vez mais ator Paulo Miklos. Ele já interpretou personagens da música em “É Proibido Fumar” (2009) e “O Homem Cordial” (2019), mas nenhum deles foi inspirado num artista real. “Foi uma responsabilidade grande”, admite o fundador do grupo Titãs. Mas o fato de o filme abraçar personagens fictícios poupou ele de buscar uma atuação mais realista.

“Eu me senti à vontade à medida que os personagens fictícios das canções tomavam vida no filme, interagindo com Adoniran. Isso me deu uma licença poética, vamos dizer assim, para criar o meu Adoniran e usar a minha voz, sem procurar fazer uma caricatura ou uma imitação da maneira dele de cantar”, registra Miklos, que se valeu de um glossário de “adonirês” feito por Serrano, fundamental para deixá-lo mais solto em cena.

O ator destaca que “essa língua do Adoniran” está nos sambas dele, entendida como a língua do povo. “É um artifício que ele usa para nos levar para um contato próximo e despertar a empatia pelos marginalizados, tratando desses temas importantes da transformação da cidade. Todo esse recado do Adoniran é da maior importância”, afirma Miklos, que sempre carregou um fascínio pelo compositor.

“Sou fã do Adoniran. Já era desde a adolescência, quando entrei em contato com a obra dele. Quando Pedro me convidou, foi uma boa surpresa, mas, por outro lado, foi um negócio assim: ‘Puxa, eu sou muito fã do Adoniran e quero muito poder contar essa história. O resto foi o desafio de viver o Adoniran, de descobrir um Adoniran próprio e fazer esse personagem tomar vida”, assinala Paulo Miklos.

Com informações de Jornal O Tempo

Foto: Espacial fm

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