27/10/2020 às 09:00h
A Polícia Civil investiga um esquema de fraude envolvendo licitação de insumos para combate à Covid-19 em Minas Gerais. Um homem, que não teve a identidade divulgada, é investigado por criar empresas para participar de processos abertos por prefeituras, mas não entregar a encomenda na totalidade. Os produtos também seriam de baixa qualidade.
Até o momento, os prejuízos aos cofres públicos são estimados em R$ 220 mil, mas podem chegar a R$ 500 mil. Depois de quatro meses de investigações, na última semana os agentes cumpriram 11 mandados de busca e apreensão em João Monlevade, São Gonçalo do Rio Abaixo e Itabira, todas na região Central do Estado. Dois carros de luxo foram recolhidos.
De acordo com o delegado Gabriel Ciriaco Fonseca, titular da Delegacia Especializada de Combate à Corrupção, a dispensa de uma licitação para aquisição de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) pela Prefeitura de Piumhi, no Centro-Oeste de Minas, ligou o alerta.
A empresa vencedora da licitação estava sediada em João Monlevade e o material foi entregue por outro fornecedor, localizado em Belo Horizonte. "Chamou a atenção a distância entre os municípios e a necessidade de entrega imediata", destacou o delegado.
"Laranjas"
As suspeitas cresceram quando descobriu-se que as empresas eram de peças automotivas ou manutenção de veículos, sem ligação com a área médica.
Também foi apurado que o suspeito colocou a secretária dele e um caseiro como proprietários dos empreendimentos. Outros "laranjas", segundo a polícia, emprestavam os nomes para o investigado em troca de algum benefício.
Para não levantar suspeitas, o homem se apresentava como representante comercial das interessadas na licitação, contou o delegado Gabriel Ciriaco. Era ele quem enviava orçamentos de pelo menos duas empresas às prefeituras que estavam realizando o processo de compra.
Os investigadores acreditam que a esposa do homem atuava como operadora do esquema criminoso. Em um período de um ano, cerca de R$ 2 milhões foram movimentados em contas bancárias pertencentes a ela.
A polícia pediu a detenção do suspeito. Porém, segundo o delegado, o juízo local achou melhor não decretar a prisão dele, aplicando medidas cautelares. O suspeito não poderá se ausentar da cidade onde mora sem autorização judicial.
Mais irregularidades
O chefe da Delegacia Especializada de Combate à Corrupção destacou que as investigações continuam. Durante as apurações, foram descobertos indícios de irregularidades em licitações realizadas em outros municípios.
A princípio, afirma Gabriel Ciriaco, as prefeituras figuram apenas como vítima nos processos.
Fonte: Hoje em Dia
Foto: Polícia Civil/Divulgação
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