22/09/2025 às 09:14h
“Preciso bater minha meta de proteína”. Você provavelmente já deve ter ouvido essa frase vinda de alguém que está fazendo dieta. A preocupação com a ingestão diária adequada dessas macromoléculas tem levado diversas pessoas a buscar alternativas para conseguir cumprir as orientações dos nutricionistas. Nesse grupo, destaca-se o usuário de canetas emagrecedoras, que precisa consumi-las em boa quantidade para não perder massa magra. Todo esse movimento tem ajudado a crescer um mercado relativamente recente, mas muito promissor: o de whey protein (do inglês, proteína de soro de leite), especialmente quando adicionado a produtos prontos.
De acordo com dados da empresa internacional de pesquisas Grand View Research, o mercado de whey protein deve alcançar globalmente US$ 14,3 bilhões em 2030. Para se ter uma ideia, em 2021, foram US$ 5,33 bilhões, ou seja, um crescimento de 168,3%. Segundo a Associação Brasileira de Empresas de Produtos Nutricionais (Abenutri), no Brasil, o setor de suplementos (que inclui saúde, perda de peso, nutrição cosmética e nutrição esportiva) movimenta R$ 30 bilhões anualmente. Quando a associação foi fundada, no ano 2000, havia 19 empresas desse tipo, com faturamento de US$ 360 milhões. Hoje, são mais de 860.
Nos últimos anos, esse nicho atraiu investimentos de diversas empresas - em grande parte, laticínios. A partir da proteína extraída do soro do leite (que pode ser a beta-lactoglobulina e a alfa-lactalbumina), diversos produtos têm sido lançados pela indústria. E tem de tudo: iogurtes, bebidas lácteas UHT, barrinhas de cereal, bolos, brownies, sobremesas e até cerveja. Nessa linha, até as marcas de produtos naturalmente proteicos - ou seja, que não têm whey adicionado - passaram a reforçar a quantidade desses compostos nas embalagens.
Em alguns supermercados, produtos desse tipo ganharam até setor exclusivo, como é o caso do Supernosso, em Belo Horizonte. "O whey continua como líder nas vendas, mas o perfil do consumidor vem mudando: antes restrito a frequentadores de academia, hoje inclui pessoas de diferentes idades interessadas em saúde, emagrecimento, longevidade e estética”, comenta a gerente de marketing do Grupo Supernosso, Tatiana Geraldo.
Outro exemplo da expansão desse setor é que, recentemente, foi anunciada em Barbacena, na Zona da Mata, a chegada da fábrica da Bees-Bee Alimentos LTDA. A empresa vai investir R$ 70 milhões na construção de um espaço dedicado à fabricação da proteína isolada do soro do leite em larga escala. A unidade fabril, de 6.000 m², deverá produzir 800 mil litros por dia, com previsão de chegar a até 2 milhões de litros na capacidade máxima.
A analista do Sebrae Simone Lopes pontua que esse mercado vem crescendo motivado por diversos fatores que estão ligados ao comportamento do consumidor, que busca saúde, bem-estar e longevidade. “As pessoas estão olhando muito para isso, principalmente depois da pandemia. Acho que isso foi uma virada de chave do mercado consumidor”, diz.
Ela acredita que há uma brecha para expansão dos proteicos inclusive para o mercado de food service. “De um lado eu tenho a indústria que está produzindo diretamente para o mercado consumidor, mas eu tenho também a indústria que pode estar produzindo para os operadores de food service, que são os bares, as cafeterias, os restaurantes e que já olham para isso também nos seus cardápios”, diz. “É uma oportunidade muito grande”, acredita.
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