11/09/2020 às 08:30h
O Cruzeiro “trabalhou no vermelho” nos cinco primeiros meses de 2020. O clube apresentou um documento com detalhes de suas movimentações financeiras entre janeiro e maio deste ano e acumulou no período prejuízo de R$ 259 milhões. Somando a dívida total do clube apontada em balanço contábil de 2019 (mais de R$ 800 milhões), o rombo celeste pode ultrapassar R$ 1 bilhão.
O número alto apontado como déficit entre janeiro e maio foi explicado pela diretoria estrelada, que dividiu a resposta em três pontos: resultado da má gestão entre 2018/2019, pandemia do novo coronavírus e a redução de receitas com publicidade e televisão.
Comparando a arrecadação do clube em 2019 e 2020 a diferença é alta. No ano passado no mesmo período analisado (janeiro, fevereiro, março, abril e maio) o clube havia arrecadado R$ 70,7 milhões, contra R$ 10,6 milhões na atual temporada: uma diferença brutal de R$ 60,1 milhões.
Em relação à publicidade e cotas de TV o valor caiu de R$ 32,8 milhões (nos cinco primeiros meses do ano passado) para R$ 16,3 milhões (entre janeiro e maio deste ano).
Os números com bilheteria também mostram prejuízo do clube na atual temporada. Enquanto teve torcida em seus jogos, o Cruzeiro arrecadou R$ 993 mil em 2020, praticamente seis vezes menos do que em 2019, quando somou: R$ 6,4 milhões.
Mesmo com números tão ruins houve algo com superávit. A arrecadação com patrocínios e royalties saltou de R$ 9,3 milhões nos cinco primeiros meses do ano passado para R$ 11,3 milhões entre janeiro e maio de 2020.
Prejuízo com atletas
Outra situação que causou rombo nas finança celestes foi a perda de atletas no começo da temporada. Pelo não pagamento de direitos trabalhistas ou acordos alguns jogadores deixaram o clube, como os meias Rodriguinho e Thiago Neves, o volante Ederson e o lateral-direito Weverton, por exemplo.
O Cruzeiro apontou déficit de R$ 19,9 milhões pelas saídas desses e de outros jogadores não citados.
O relatório de movimentações aponta ainda detalhes dos prejuízos da Raposa
- R$ 37 milhões por variação cambial negativa – dívida em moeda estrangeira e desvalorização do Real entre janeiro e maio.
- R$ 103 milhões de provisões para contingências;
- R$ 23,5 milhões de custo líquido pela liberação de atletas;
- R$ 52 milhões em indenizações a atletas liberados;
- R$ 15 milhões por desvalorização dos direitos econômicos de atletas.
Fonte: Hoje em DiaFoto: André Brant/Arquivo Hoje em Dia
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