160 incêndios em vegetação desafiam Bombeiros por dia em Minas

Período crítico de queimadas, setembro terminou com saldo de 4.821 incêndios em vegetações no território mineiro - média de 160 por dia -, conforme dados divulgados pelo Corpo de Bombeiros. Muitas das ocorrências exigem uma força-tarefa para o combate às chamas. São militares, brigadistas e voluntários, além do uso de viaturas e aeronaves. 

Conforme os Bombeiros, Minas já registrou 19.361 queimadas desde janeiro deste ano. Só nesses dois primeiros dias de outubro já são 85 - número que ainda deve aumentar. A maioria ocorre após ação humana: pessoas que insistem em limpar terrenos fazendo queimadas, soltam balões ou jogam bituca de cigarro na mata.

Os focos estão espalhados por todo o Estado, mas BH e região metropolitana estão entre as localidades com mais registros. Uma das ocorrências, iniciada no último dia de setembro e que persiste até esta quinta-feira (2), é o fogo na Mata da Baleia, na região Leste.

Por conta do incêndio e intensa fumaça, o Hospital da Baleia transferiu 50 pacientes do setor de oncologia para a ala de radioterapia. 

Pelo terceiro dia consecutivo, 61 agentes atuam no combate às chamas. Segundo os Bombeiros, existiam três linhas de fogo no local. Duas estavam concentradas em área de mata fechada e foram debeladas, não levando risco ao hospital. 

No entanto, o incêndio segue ativo com uma outra linha de fogo no interior do parque. Os bombeiros contam com duas aeronaves para combater as chamas, que se espalham rapidamente devido à estiagem e aos ventos fortes.

Enfrentamento ao período crítico de queimadas

Em julho deste ano, os Bombeiros organizaram treinamentos para o período crítico de incêndios em Minas. Ao todo, 174 militares e 132 brigadistas participaram das ações para atuarem nas Unidades de Conservação do (UCs). Os Bombeiros também têm usado um sistema de informações, programado com Inteligência Artificial, para mapear focos de incêndio. 

Foto: (Bombeiros/Divulgação)