16/07/2025 às 09:01h
A sobretaxa de 50% contra produtos brasileiros exportados aos Estados Unidos anunciada pelo presidente americano Donald Trump na semana passada já está afetando setores produtivos do Brasil. A previsão é que a nova tarifa entre em vigor em 1° de agosto, e embarques de pescados, frutas e grãos estão sendo suspensos para evitar perdas.
Nessa terça-feira (15/7), o setor de pescados afirmou que vai suspender as exportações para os Estados Unidos dentro de uma semana devido à sobretaxa. Com cerca de 70% da produção nacional destinada ao mercado americano, a medida pode tornar o setor inviável até a abertura de novos mercados.
Durante reunião com representantes dos setores afetados pela possível sobretaxa e ministros, incluindo o vice-presidente da República, Geraldo Alckmin, o governo orientou as empresas brasileiras a mobilizarem seus compradores nos EUA.
Eduardo Lobo, presidente da Associação Brasileira da Indústria da Pesca (Abipesca), afirma que o setor tem pressionado o governo a negociar o adiamento da sobretaxa por, no mínimo, 90 dias. "Ninguém consegue abrir um novo mercado da noite para o dia. É uma relação complexa, que envolve hábitos alimentares, tipo de corte, produto e embalagem", diz.
A associação também cobrou do governo a retomada das negociações para reabrir o mercado comum europeu, fechado ao pescado brasileiro desde 2017. "Apesar da boa condução e dos encaminhamentos, Alckmin não se comprometeu a renegociar com a União Europeia para reabrir o mercado de pescados", afirma.
Com a ameaça de sobretaxa, ele estima que até 3.500 embarcações devem ser paralisadas, já que não há sentido em produzir ou processar peixe sem destino certo. Mais de mil toneladas de pescado já estão estocados em frigoríficos, à espera de uma solução, o que representa um valor estimado em cerca de US$ 50 milhões.
"Não há possibilidade de redirecionar a produção para o mercado interno, pois este está saturado e não tem capacidade de absorver a variedade e o volume destinados à exportação", diz.
Para Rafael Barata, diretor de comércio exterior da Frescatto, em meio à busca por novos mercados, a empresa ainda não sabe como lidar com o produto armazenado, que já está pronto para exportação.Com informações O Tempo
Foto: Espacial FM
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