27/08/2025 às 08:57h
Conforme já informado na edição de ontem (26/8), do Jornal da Cidade, uma mulher trans, que estava em situação de rua, foi encontrada sem via na porta da Câmara Municipal de Pará de Minas, na manhã da mesma data. A morte da vítima foi constatada pelo médico do SAMU. A confirmação da causa do falecimento será investigada pela Polícia Civil, mas a principal suspeita é que tenha sido de forma natural, pois não havia marcas de violência pelo corpo, segundo informou a Polícia Militar (PM), que registrou a ocorrência.
Câmeras de segurança filmaram a vítima caminhando pela frente da Câmara Municipal, por volta das 5h20. Em seguida, ela parou na porta da sede do poder legislativo e sentou, onde passou mal e faleceu. Somente quase duas horas e meia depois que um médico, que passava pelo local, estranhou a situação e acionou os órgãos e resgate e segurança, sendo confirmada a morte da mulher trans.
A vítima foi identifica pelo nome social, Cíntia, de 39 anos de idade, natural da cidade de Porto Seguro, na Bahia, que chegou em Pará de Minas no mês de fevereiro deste ano, onde passou a vive em situação de rua. A mulher trans tinha histórico de uso de álcool e outras drogas e era portadora do vírus HIV, como confirma Nádia Nogueira, psicóloga do Centro Pop, onde a vítima era atendida:
Clique e ouça Nádia Nogueira
Nádia informa que uma reunião para discutir sobre uma internação compulsória de Cíntia, seria realizada, devido a situação que ela estava:
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No mês de junho, houve um caso de grande repercussão em Pará de Minas, envolvendo Cíntia, a qual foi estuprada na Praça Torquato de Almeida. O abuso foi filmado e postado nas redes sociais.
Segundo a psicóloga do Centro Pop, a vítima é foi violentada enquanto dormia. Ainda de acordo com Nádia, a vítima foi orientada e aceitou ir para outra cidade, mas voltou tempos depois:
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O corpo de Cíntia será sepultado no cemitério de Pará de Minas.
Denúncias feitas nas redes sociais, informaram que Cíntia teria ido a UPA de Pará de Minas, na última segunda-feira (25/8), mas que a equipe da unidade teria negligenciado o atendimento.
Diante dessas informações, nossa reportagem solicitou nota da prefeitura, que informou que a paciente deu entrada na UPA 24, alegando uso excessivo de bebida alcoólica. Após a avaliação médica, foram adotadas as condutas cabíveis, conforme protocolos clínicos vigentes, sendo prestado todo o atendimento necessário à sua condição de saúde.
No entanto, antes da conclusão do último atendimento, a paciente evadiu-se espontaneamente da unidade, sem alta médica. A equipe de saúde registrou a evasão no prontuário da paciente. Todavia, não obteve êxito em reter a paciente para continuidade do tratamento por volta das 3h da madrugada dessa terça-feira (26).
Por Sérgio Viana
Foto: Espacial FM
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