17/12/2025 às 08:43h
A Polícia Civil prendeu na última segunda-feira (15/12), um homem, de 43 anos, suspeito de matar a companheira, de 31, e simular um acidente de trânsito para mascarar o crime. O caso ocorreu no último domingo (14/12), na rodovia MG-050, nas proximidades de Itaúna.
Inicialmente,
a morte foi registrada como acidente. No entanto, com o avanço das
apurações, surgiram indícios de que a vítima já estava morta
antes da colisão, o que levou à reclassificação do caso como
feminicídio.
O
casal residia no bairro Nova Suíça, em Belo Horizonte, e mantinha
um relacionamento havia cerca de um ano. Conforme os levantamentos, o
suspeito teria colocado a vítima no banco do motorista e provocado a
colisão do veículo — que seguia no sentido Divinópolis —
contra um ônibus. O homem sofreu ferimentos leves, recebeu
atendimento médico e fugiu do hospital após recusar internação.
As
investigações tiveram início após denúncia feita por uma
funcionária de uma praça de pedágio por onde o veículo passou
pouco antes do acidente. A atendente estranhou o fato de a vítima
estar desacordada no banco do motorista, enquanto o companheiro, no
banco do passageiro, conduzia o carro ao alcançar o volante. Mesmo
alertado, ele recusou ajuda e seguiu.
Pouco
depois, ocorreu a colisão. Com base nas imagens e nas informações
repassadas, a família acionou a PC, que deu início a investigação.
No decorrer das apurações, os investigadores identificaram
inconsistências entre a dinâmica do acidente e as lesões na
vítima, indicando que ela possivelmente já se encontrava sem vida
antes da colisão.
Com
base nos indícios, as equipes da Polícia Civil em Divinópolis
passaram a monitorar o suspeito. A prisão em flagrante foi realizada
durante o velório da vítima, em um cemitério do município.
Inicialmente,
o empresário negou o crime, afirmando que a companheira teria
passado mal dentro do veículo. Posteriormente, durante os
procedimentos policiais, ele confessou o feminicídio, dando sua
versão.
Segundo o suspeito, o casal teria discutido na noite anterior no apartamento, em Belo Horizonte, e, durante a viagem a Divinópolis, a vítima teria passado a agredi-lo, causando arranhões no rosto e no braço. Ele alegou que se defendeu empurrando a companheira e que, após novas discussões, acabou por pressionar o pescoço dela com o braço e uma das mãos, deixando-a desacordada. Ainda conforme o relato, a vítima teria acordado e assumido a condução do veículo até ocorrer a colisão.
O
laudo de necropsia reforçou a hipótese de simulação do acidente
ao indicar que a morte da vítima pode ter ocorrido antes da colisão,
possivelmente em decorrência de estrangulamento, associado a lesões
compatíveis com traumatismo craniano.
Na
análise inicial, realizada com a informação de acidente de
trânsito, foram identificados hematomas na região frontal e
hemorragia encefálica. Com a nova suspeita, um exame mais detalhado
revelou sinais de asfixia por constrição cervical externa,
evidenciados por alterações hemorrágicas na região do pescoço.
Diante
de todos os elementos reunidos — imagens, depoimentos e laudos
periciais preliminares — ficou demonstrado que a morte ocorreu
antes do acidente e que houve a tentativa de simular uma colisão
contra um ônibus para mascarar o crime.
As
investigações seguem em andamento para o completo esclarecimento
dos fatos. Materiais de interesse, incluindo aparelhos celulares,
foram apreendidos e serão submetidos à análise pericial.
Por JC Notícias
Foto: PMRV
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