29/07/2025 às 09:25h
A indústria de madeira processada no Brasil tem trabalhadores em férias coletivas e já registra demissões devido ao tarifaço prometido pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, a partir de agosto. Exportações para o mercado americano foram paralisadas antes mesmo de o plano de Trump entrar em vigor, levando a um temor de colapso do setor, segundo a Associação Brasileira da Indústria de Madeira Processada Mecanicamente (Abimci).
"Por precaução, muitos clientes postergaram embarques ou cancelaram contratos até que se esclareça o imbróglio da taxação", afirma Paulo Roberto Pupo, superintendente da Abimci. Segundo ele, uma sobretaxa de 50% para as exportações brasileiras, como sinalizado inicialmente por Trump, deixaria o setor de madeira "fora de jogo" junto aos americanos.
"Isso fez com que nossas empresas acabassem tomando medidas internas de diminuição de produção, de corte de turnos. Muitas estão com férias coletivas em curso, e, infelizmente, já foi anunciado um pequeno número de demissões", diz.
O mercado americano é considerado estratégico para o setor. Conforme a Abimci, a indústria de madeira tem cerca de 180 mil empregos diretos no Brasil e uma média de 50% da produção destinada aos Estados Unidos. Há casos em que o percentual chega a 100%, de acordo com a associação.
O Brasil vende para os americanos madeiras usadas principalmente na construção de casas. A produção no país se concentra especialmente no Sul, com cerca de 90% da capacidade instalada nessa região.
Por ora, pelo menos uma indústria confirmou cortes devido à insegurança gerada pela promessa de tarifaço. Trata-se da Sudati, que produz compensados de madeira e MDF no Paraná e em Santa Catarina.
A empresa anunciou uma "redução pontual" de cerca de cem funcionários em seu quadro, que conta com aproximadamente 2.800 trabalhadores. As unidades afetadas ficam nos municípios paranaenses de Ventania (a 220 km de Curitiba) e Telêmaco Borba (a 240 km da capital).
Com informações O TEMPOFoto: Espacial FM
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