29/12/2025 às 09:23h
Viajar nas férias deixando para trás o pet está fora de cogitação para várias famílias. Mas embarcar com o animal de estimação, seja no próprio carro ou no ônibus, exige uma série de preparativos - alguns burocráticos, é verdade - para garantir o bem-estar e a segurança do mascote, do tutor e dos outros passageiros.
Vacinação e vermifugação em dia e o uso de produtos contra pulgas e carrapatos são obrigatórios em todo o país, mas algumas normas de transporte dependem do meio de viagem e até da empresa responsável pelo deslocamento. Confira o guia para pôr o pé na estrada sem dor de cabeça
Para os viajantes de ônibus, o transporte do pet só é possível se o animal for de pequeno e médio porte, de até 10 Kg.
No caso de aves e animais silvestres, o trânsito é realizado apenas com autorização prévia do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama).
Ainda assim, mesmo os pets autorizados precisam cumprir alguns requisitos. Na Rodoviária de Belo Horizonte, as exigências gerais são:Documento assinado pelo médico veterinário, emitido até 15 dias antes da viagem, atestando boas condições de saúde do animal;
- Carteira de vacinação atualizada, incluindo doses antirrábica e polivalente;
- Caixa transportadora de animais;
- São permitidos, no máximo, dois animais por viagem.
Além dessas regras, a organização da Rodoviária alerta que o transporte de pet pode ser cobrado e, em algumas empresas, a entrada do animal só é permitida com o consentimento de todos os passageiros. Há companhias que orientam o uso de tranquilizantes, prescritos por veterinário, antes da viagem.
Para Clara Viana, de 28 anos, levar a cadelinha Rosalina para Guarapari (ES), de ônibus, era inegociável. O cão foi resgatado pela família da tutora há 4 meses e já está com todas as vacinas em dia, mesmo assim os preparativos exigiram um bocado de paciência. "É bem complicado viajar com cão ou gato. Achei muito burocrático", disse.
Clara afirma que precisou enviar um formulário para a empresa de transporte com todas as vacinas e um atestado veterinário. Só depois desse procedimento e da avaliação da companhia conseguiu um código de autorização para o transporte. Ainda assim, o consentimento de todos os passageiros para o embarque seria necessário.
A jovem explicou ainda que a empresa de ônibus ofereceu duas opções para o deslocamento de Rosalina: levar a cadelinha nos pés, dentro da caixa de transporte, ou pagar um assento para deixar o box em uma poltrona exclusiva.
Já acostumado a levar o cachorrinho Bill, de 6 anos, para passar o fim de ano em Alvinópolis, na região Central de Minas, o pesquisador da UFMG Gustavo de Freitas, de 31 anos, diz que o animal nem estranha o trajeto.
"São 3 horas de viagem e ele vai na caixa de transporte, na parte de cima do ônibus. Costuma ser bem tranquilo, sem intercorrências", diz o tutor, que providencia antes o atestado de um veterinário confirmando que o cão está saudável e com a vacinação em dia e dá até um remedinho para o pet não sentir náuseas durante a viagem.
Já para as pessoas que pretendem circular nas rodovias em veículo próprio, a Polícia Rodoviária Federal alerta que os tutores devem portar:
- Documentação do animal: Carteira de vacina e a Guia de Trânsito Animal (GTA);
- Caixa de transporte;
- Coleira torácica no pet;
Além de garantir uma boa circulação de ar durante o trajeto.
Antes de viajar, tente acostumar o animal com o ambiente e, se possível, leve-o para passeios curtos no veículo. É importante que antes da viagem o pet saia para passear, brincar e gastar bastante energia.
Além disso, o tutor deve lembrar de levar uma mala com os itens de uso diário do animal, como a ração habitual, água, brinquedos, toalha e produtos de higiene.
Algumas condutas durante a viagem com animais são proibidas e podem ser enquadradas em crimes de trânsito, com penalidade de multas, pontuação na Carteira Nacional de Habilitação (CNH) ou retenção de veículo. Em caso de maus-tratos, cabe prisão.
O transporte é incorreto quando o animal fica solto dentro do veículo ou no colo do motorista e quando o pet está com partes do corpo para fora do carro.
Com informações HOJE EM DIAFoto: Espacial FM
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