10/11/2025 às 09:41h
A COP30, a 30ª edição da Conferência do Clima das Nações Unidas, terá início formalmente nesta segunda-feira (10/11), em Belém (PA), com duração prevista até o dia 21 de novembro.
Após a realização da Cúpula de Líderes, com a presença de mais de 50 chefes de Estado e de governo na última quinta (6) e sexta-feira (7/11), é a vez de os negociadores de cada país entrarem em ação para buscar acordos e ideias contra a crise climática. São esperadas cerca de 50 mil pessoas no evento durante os próximos doze dias.
O governo brasileiro vem tratando esta edição como “a COP da Implementação”. Os últimos dez anos serviram para regulamentar e detalhar ideias do Acordo de Paris, assinado em 2015, na COP21, com o objetivo de reduzir emissões de gases poluentes a ponto de limitar o aumento da temperatura média do planeta em 1,5°C até o fim do século.
O entendimento brasileiro é que agora, não há muito mais o que acertar do Acordo de Paris e chegou o momento de colocar em prática ações de combate ao desmatamento e de transição energética. A ideia tem o apoio da maioria dos países, mas esbarra na parte financeira.
Na COP29, em Baku, no Azerbaijão, países desenvolvidos acordaram em financiar US$ 300 bilhões em ações de combate e adaptação às mudanças climáticas. O valor foi considerado baixo pelos países em desenvolvimento, que estipulam a meta de US$ 1,3 trilhão. Dificilmente o montante será fruto de consenso em Belém, mas a presidência da COP30 espera que esta edição acelere o processo.
Outro debate crescente e que deve ganhar corpo nesta COP é o da adaptação, que consiste em preparar cidades e estruturas para eventos extremos provocados pela crise climática, como o que assolou o Rio Grande do Sul em maio de 2024. Antes tido como um tabu e visto por alguns como “jogar a toalha” para o aquecimento global, hoje o tema é visto como uma necessidade.
Por fim, a presidência brasileira da COP tentará reforçar, na resolução final da Conferência, a eliminação completa dos combustíveis fósseis com uma transição justa. Terá de enfrentar, no entanto, a resistência de um bloco influente de países liderados pela Arábia Saudita, que são potências no mercado petrolífera.
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